Papeis pelo chão da casa e a TV ligada em volume ambiente, só aquele zumbido e a tela cheia de formigas da hora em que não se tem mais programação. Portas e janelas abertas e um vento frio se espalhando pela casa até levantar os papéis do chão e rodopia-los como em uma dança coreografada, de um ritmo próprio. Luzes acesas para tentar espantar a escuridão que outrora tomava conta de todos os cantos. Luzes acesas para restituir o calor que outrora emanava dos quartos e cantos da casa.
Escrevo o que penso, ensaio o que sinto. Nem tudo é real, mas tudo sou eu.