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Mostrando postagens de novembro, 2013

E o meu coração grita:

Sangra

O sangue quente viaja por ela inteira. Cada poro seu expeli um pouco dele e de seu suor. Sangue vida e morte. Água e plasma. Sangue que escorre pelas pernas e segue rio abaixo num fluxo interminável de emoções, levando consigo lembranças de uma vida inteira. Vida em sangue. Sangue vida. Vida que poderia ter outro sentido pelo sangue, vidas que começam no sangue e que nele terminam. Sangue de morte e de vida. Sangue que lava e enxuga a alma. Que trás dor e revigora. Que foi derramado em todas as terras, e todas elas sabem seu gosto. Sangue de menino, de velho. Sangue que não é tabu, diferente do sangue dela. O dela tem que se esconder, tem parar de fluir. Mens-tru-ar, mente teu ar. Se lava e se seca porque um novo período já vai chegar. E vê se para esse sangue que escorre das pernas, que eles tem nojo de ver. Sangra só o coração, devagarinho, que é pra mais tarde morrer.

Fale baixo

Fale baixo pois as lembranças já dormem, meu passado esta quieto como a noite e só quero pensar no dia que virá e virá um dia igual ao que já passou pra transformação terminar; Transformar dor em alegria, pressagio, em poesia, mas por enquanto fale baixo, que o passado ainda dorme.

Enegrecer II

Como num piscar de olhos

Perdeu-se, como o vazio do mar após a partida da primeira onda, como o silêncio do cais depois da despedida. Como um beijo roubado antes do fim, que nunca aconteceu. Perdeu-se o amor que outrora  enchia o coração e  o rosto de um vermelho maçã. Perdeu-se as sardas nas bochechas coradas e cheias de sorrisos Se perdeu, no segundo que antecede o beijo, no silêncio que segue quando se vira as costas na dor aguda de quem vai embora.