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Mostrando postagens de outubro, 2016

Meu bem

Te contei com fervor as novidades do meu dia. E cantei, animada, sobre o amor que sinto. Senti. Olha meu bem, nenhuma história é igual a outra. Algumas vezes o passado se repete, mas é pra gente aprender que quando se caminha, olhar pra trás é alerta. Pra não voltar.

Tudo que é bagagem

Preposição. Um limite concreto no tempo. Sobre estar só, eu sei. Sobre ser só, também. Nasci sozinha, não veio ninguém depois de mim e o que sei de afeto aprendi. Rude. A gente dá o que a gente tem. Na vida aprendi que é melhor calar, mas tenho tanto a dizer que quando aprendi a falar com minhas próprias palavras, não quis parar. Você pode chamar de feio, vulgaridades, verdades fora do contexto. Tanto faz. É estômago. Vem de dentro.

Desculpem os transtornos, preciso falar sobre trovoadas.

A única porta aberta foi a da tua passagem.  Você chegou da mesma forma que veio antes, de surpresa. Num dia qualquer, sem muita expectativa.  Embora eu soubesse que você viria, sabia também que não ia ficar. De la pra cá foram dois passos, uma porta, sem janelas. Apenas o perfume invisível da memória e os sentidos que teimavam em reconhecer e se precaver. Antes de tudo, sou desconfiada moço.  Não é assim fácil de controlar não. A tigresa sempre guarda um pedacinho seu, que é sempre seu e de mais ninguém. É aquele pedaço que a gente recorre quando a confusão é tão grande que exalam pelos poros. É feromônio. 

Folha em branco

A vida é como uma folha de papel em branco. E a gente vai preenchendo do jeito que dá, feito água, abrindo os caminhos. Traçando com lápis, sempre com a borracha na mão, esperando a hora de ter que usar. Na ansiedade de usar, como que esperando os erros. A questão é que alguns traçados, assim que tocam o papel viram permanente, não da pra apagar, não da pra voltar atrás. É jogar as mãos na cabeça que a parte azul da borracha não resolve. Ou aprende ou aprende e esse é o lance legal de não poder apagar.