A madrugada de sexta é das poetas. Das loucas. Inconsequentes. Das que ligam porque tiveram saudade. Das que gritam porque tem ar demais nos pulmões. Das que choram copiosamente e limpam a maquiagem borrada na manga da blusa. Borram o batom e não ligam se você vai achar feio. Sabem que tudo se conserta. O batom, a lágrima e o grito. Das que retiram o sapato se esse apertar o calo.
Escrevo o que penso, ensaio o que sinto. Nem tudo é real, mas tudo sou eu.