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Mostrando postagens de março, 2015

Assembleia Geral Extraordinária.

O fogo apagou assim que jogaram água na fogueira. Já era tarde e todo mundo decidiu dormir. A música já tinha parado há algum tempo, então estiveram todos em silêncio nas últimas horas, cada um absorto em seus próprios pensamentos, reavaliando os últimos passos que os levaram até ali. Se conheciam há exatos 20 anos, quase 21, e ainda assim não sabiam tudo um do outro. Alguém sempre tinha um segredo, muitos desses compartilhados com outros, mas nunca com todos. E todos, vejam bem, todos tinham segredos. Decidiram realizar um encontro para esse final de semana, e num grupo de conversas online todos disseram que aquele seria O final de semana, O encontro da verdade. Ninguém sairia dali sem conhecer a história de cada um. Os fardos seriam divididos. Eis que é chegada a hora. Tem música, tem comida e bebida. A diversão, ao menos, está garantida, pois querendo ou não, eles se gostam bastante. Tudo bem que temos dois que não conseguem se entender, vivem brigando e sempre sentam longe

"Bora lutar. Bora ser feliz."

Conto ao novo passado.

De repete a conversa mudou. Os assuntos não falam de amor, Nem nada novo e pessoal. Num segundo, se descobre o sentido, o amigo, o tentar. Como conseguir voltar ao que já passou? Quando já se sabe que voltar não é solução pra ambos. Atrevam-se a ficar juntos, Deixem de fora os corações, Mantenham a alma. A conversa, hoje, nem foi superficial, mas foi amigável, como se todos soubessem o destino final. E o destino final pode vir a ser futuro. quem sabe?

O desafio da sororidade.

Daqueles pensamentos que vem depois que você dorme: Eu tinha planejado escrever um texto sobre o 8 de março falando sobre o porque não devemos dar/receber rosas e parabéns superficiais, mas não posso deixar a inquietação de lado e não falar sobre isso. Hoje eu falo diretamente as mulheres, só a elas. Amigas, a sororidade é um desafio um tanto quanto difícil de encarar, eu sei. O processo de desconstrução e reconstrução é doloroso, eu sei, mas é necessário. Precisamos passar por eles.  

Se não escrevo, sufoco.

O momento é triste. É aquele que não da vontade de compartilhar com ninguém, porque eles não serão sensíveis o bastante para ouvir e se aquietar. As palavras viram as melhores amigas. É por isso que escrevo. Se não escrevo, sufoco. Escrevendo consigo transformar a tristeza em poesia. E ainda assim ela não deixa de ser verdadeira. Se não escrevo, sufoco. Sufoco todos os dias por engolir o que o estomago não tem capacidade de digerir. E com isso ate o coração aprendeu a mastigar, pra ver se assimila todos os sentimentos que vem sendo depositados nesse corpo diariamente. Mas nem sempre escrever dá resultados. Nem sempre da pra poetizar a realidade, que precisa ser encarada nua e crua. Mas escrevendo, me encontro, e não quero mais me perder. Sou boa demais para mim mesma para fazer isso novamente.