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Mostrando postagens de setembro, 2019

Onde queres revólver, sou buceta

O gozo secundário do pênis transfigurado na arma, no chicote, no carro. O pênis fora da calça mata, dentro também. A relação mal resolvida com o pênis me sufoca e eu quero gritar ao mundo que o pênis não é isso tudo, não é salvação e nem pecado. O pênis deveria ser neutro. A marcha que não vai nem pra frente e nem pra trás, fica lá, em ponto morto. A buceta não! A buceta não se alarma com as ideias de dominação, não se reproduz em espaço de silenciamento, pois se transfigura em boca, lábios e voz! Buceta é verbo de ação: bucetar! Bucetar a vida que escorre feito gozo e germina sementes. Bucetar o alívio de não prender as palavras e nem o choro na garganta, bucetar o cheiro de  camomila que se espalha na fricção dos lábios. Quando a mulher abre a boca-buceta sacode o mundo e desequilibra as estruturas do falo. Quando a mulher ouve a sua boca-buceta, transmuta a dor em ação e acessa uma potência ancestral que não é neutra, que se mobiliza, equilibra  e reorganiza esse corpo-mundo-cole