Não me venha com conta gotas, sou gulosa demais para dez por cento. Suas gotas não matam a fome do meu corpo, ele precisa de muito mais. Como a terra vermelha do meu nordeste, minha língua clama pela sua. Seca. Rachada. Como o barro que enfeitiça e castiga minha terra. Faça chover. “chova-se”. Molha-me. Uma dose alta de você e nada mais me atinge.
Escrevo o que penso, ensaio o que sinto. Nem tudo é real, mas tudo sou eu.