Quando coloquei meus olhos nela, sabia que precisava me aproximar de novo. Anos se passaram desde que nos falamos pela ultima vez, e não havia sido uma boa despedida, um dos dois saiu machucado e eu sabia que a chance de que ela me desse um “oi” era bem pequena, mas tentei. Cheguei até ela, estava rodeada de amigos, como sempre. Ela era a popular, e eu o reservado. Todos me olharam com aquela cara de “o que você pensa que esta fazendo?” e sinceramente nem eu sabia, mas deveria tentar. Ela estava linda, ainda mais linda na verdade. Os anos lhe caíram bem, seu rosto não era mais de menina, refletia agora a mulher forte que ela se tornara. Ela é. Sempre foi. Toquei seu ombro, e o sorriso que ela abriu me convenceu a ir até o fim. - Nem reconheci que era você, esta maravilhosa! - Você sempre usou esse adjetivo pra mim, e eu continuo concordando! – Ela ri, e meu deus, alguma coisa mexe no meu estômago.
Escrevo o que penso, ensaio o que sinto. Nem tudo é real, mas tudo sou eu.