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Mostrando postagens de abril, 2013

Reacender?

Então, tem essa vela, podemos chamar de vela não podemos? Ta, então, tem essa vela e ela ta acesa, então tem essa chama também junto com a vela e a chama é a vela... É sobre a chama que eu quero falar entende? Olha, não liga muito pra simbologia, só tente me entender, eu preciso te dizer isso. Tem uma vela, e tem a chama e elas são a mesma coisa, e então vem o sopro, vem o vento sabe? Ta me entendendo? Você consegue imaginar? Sim, imaginar, fecha os olhos vai, só escuta o que eu to tentando falar e imagina as coisas que você ta escutando. É imagina, por favor, eu preciso falar porque é importante que você saiba o que eu penso. Ok. Isso, olhos fechados, la vai. Tem a vela acesa, queimando e deixando a borra escorregar nas laterais como se tivesse transbordando. Isso, exatamente, como se tivesse chegado ao limite, mas agora fica quietinho por que eu odeio ser interrompida. A vela chegou ao limite e então ela esta transbordando, se esvaindo em borras e a borra vai se espalhando pelo chão

De um enorme coração para um coração enorme.

"Li uma vez, de alguém com o coração em pleno carnaval, um texto que dizia o seguinte : ''Eu não vejo graça na vida, nem na morte. Será que existe um meio termo entre esses paradoxos?'' Parecia que o coração não estava em ordem e a cabeça muito menos. Era como se os dois estivessem numa briga ferrenha para que, no final, alguém ficasse com a verdade. De início eu não entendi muito, mas depois de ler atentamente, eu sabia que tinha algo nas entrelinhas gritando palavras já conhecidas pela minha alma. Não passava de um pedido de socorro, de um grito estridente por paz no coração e ordem nos pensamentos. Mas quem disse que é sempre fácil? O paraíso não está sempre de portas abertas. Não adianta negar com verdade o sentir.

Colcha de retalhos

Alguma coisa acontece em mim quando ele passa, e todas as vezes que ele chega algo em mim parece morrer. É, é dor de morte. Sinto como se me despedaçasse e no despedaçar vou me construindo.

O afogado.

"Esperas uma solução para esses teus olhos que não nasceram assim verdes e que dia a dia se farão mais claros até que não consigas mais olhar o mar sem pensares que de certa forma essa cor te foi dada por ele e até não saberes mais distinguir outra coisa que não seja verde e até que essa claridade deixe um dia de te cegar para que mergulhes no escuro irremediável da morte?" Caio Fernando Abreu em O Ovo apunhalado.

Yo sangro, tu sangra, ella sangra. Nosotras vivimos.

Exposição fotográfica com o tema "Sangro, pero no muero"  da artista Isa Sanz, mostra mulheres interagindo com o sangue menstrual, que ainda é tido como impuro e vergonhoso na sociedade. O amor escrito com sangue na parede deveria nos lembrar que impureza e vergonha não devem ser palavras do "vocabulário menstrual". Que comecemos a troca-las por saúde e vida.

Despida.

Eu me disponho a me despir. Eu quero ser revelada nua. Crua. Almática. Eu me proponho a me por nua, abrir as janelas da alma e me libertar de toda e qualquer opressão particular que ainda possa restar em mim. Quero me livrar, I wanna be free! Eu quero nua ver meus medos se esvaindo e as minhas dúvidas consumindo-se diante de minha nudez.

Não tenha medo.

Autor desconhecido

Feliz dia do beijo, atrasado.

Capa do Jornal do Movimento Negro Unificado de maio/junho/julho 1991. Fotografia: Carlos Moura (Modelos: Nethio e Lúcia) Frase: Ori

E só

Ensaio sob a dor.

Você sente que deveria esquecer, já que pensar dói, então esqueça. O problema é quando tudo conspira e renova suas lembranças e mesmo que você confie, ainda que você acredite, de uma hora para outra o pensamento esta lá, as lembranças estão lá e a incerteza teima em reaparecer.  E então, fazer o que? Mentir?
Paixão dá e passa. Eu quero ver é aquele amor forte, o amor louco, que te vire do avesso e te aperte o coração e a alma. Olhe minha amiga, paixão, dá que passa.
Subverteram meus sentimentos e me reprimem por ter transviado.