Não quero que ouças minhas músicas, elas me
pertencem. Saber que tu as ouve é o mesmo que sentir que ainda não me deixou
pra trás.
Não posso aceitar que algo que é meu, que em mim
virou segunda pele, seja profanado pelos teus ouvidos e pela tua boca, mesmo
que essa boca já tenha conhecido a primeira pele. Mas a segunda não, essa é só
minha, ninguém conheceu e eu não tenho vontade de lhe mostrar.
Não posso aceitar que me deixes ir embora, mas faça
questão de ter um pedaço meu. Então dá cá minhas coisas, esquece as músicas que
lhe mostrei, e deixa a pele crescer e aquecer o que você deixou.