Quando
um não quer, dois não brigam. Não falam, não beijam, não abraçam.
Calam,
desencorajam, enlouquecem, se magoam. Não dão o braço a torcer. Não pergunta o
"porque".
Quando
um não quer, se acabam as flores, o riso, o suspiro e o gozo. Depois, o azedo e
a ferida.
Tudo
é inemendável, sofrível, amargo.
Sobra,
então, a vontade (do desejo), o tato e o ouvido.
Agora tente querer, se um
quer, talvez dois tentem tentar.