Aqui vai uma lição que aprendi aos 21: O
outro não pode ser responsabilizado pelas expectativas que nós criamos.
Vivemos sempre pensando nas coisas que nos impõem
como objetivos de vida, tais quais casamento, formatura, filhos, netos, sair de
casa, se manter fora de casa, emprego rentável. E sobre tudo isso criamos uma
expectativa que em parte é nossa, e grande parte é do outro, sejam familiares
ou a sociedade inteira.
Quando encontramos alguém, estamos
docilizados a acreditar que o outro vai nos completar, vai ser a nossa
felicidade, vai ser o nosso sonho e etc. A armadilha do amor romântico foi
muito bem construída ao longo dos séculos.
Mas colocar todos os seus anseios sobre o
outro é aumentar toda a pressão que aquela pessoa já tem sobre ela desde o seu
nascimento, e venhamos e convenhamos, com as mulheres isso é ainda mais
terrível.
Relacionamentos são para que possamos ser do
jeito que somos de verdade, não o que esperam que sejamos. E para que eu seja
do jeito que sou, não posso viver querendo cumprir expectativas que você coloca
em mim, de coisas que eu preciso ser/fazer para lhe deixar feliz.
É um processo bem demorado e por vezes
doloroso, porque a gente acredita que o outro vai mudar aquilo que para nós não
está certo. E ficamos nesse ciclo de raiva/conformismo/apego/frustração durante
um bom tempo. Tem quem viva isso durante anos, a vida inteira!
Bom, a chave que eu encontrei é entender que
as suas expectativas são suas, e o outro não pode ser quem VC quer que ele
seja, e você não pode e nem deve ser aquilo que o outro deseja.
Que possamos ser nós mesmos em todas as
nossas relações, que tenhamos expectativas responsáveis, sem depositar nossa
felicidade única e exclusivamente em alguém que não sejamos nós mesmas.
Por que outro precisa vir pra transbordar, a
gente é que se completa.