A vida é como uma folha de papel em branco. E a gente vai
preenchendo do jeito que dá, feito água, abrindo os caminhos.
Traçando com lápis, sempre com a borracha na mão, esperando
a hora de ter que usar. Na ansiedade de usar, como que esperando os erros.
A questão é que alguns traçados, assim que tocam o papel viram permanente, não da pra apagar, não da pra voltar atrás. É jogar as mãos na
cabeça que a parte azul da borracha não resolve. Ou aprende ou aprende e esse é
o lance legal de não poder apagar.
Escrita é pratica, a gente vai aperfeiçoando conforme
escreve. Então não tem problema se no início da folha tiver erros. Depois de
tantas palavras a gente ate olha pra eles e com alguns da até risada, acredita?
Falo sério! Outros da até vontade de chorar, daqueles que a gente se pergunta:
"caramba, onde que eu estava com a cabeça quando escrevi isso?". E nem
pense que a fórmula é exata. As vezes
tem erro em todas as páginas.
Mas vai por mim, chega um momento que a gente não troca mais
o x pelo ch, não esquece o acento e sabe diferenciar concerto de conserto.
Viver é preencher essa folha, da forma mais gostosa que você
poderia imaginar: vivendo (e errando).