Um dia eu vou me livrar da síndrome de ser perfeita. Não quero mais ter pretensões de maravilhosidade pré-fabricada. Um dia não me importarei mais com a multidão. Por enquanto sigo sendo esse minúsculo ser, cheio de pequenas maravilhas não fabricadas e recém descobertas. Tenho vinte e seis. Me acho mais madura agora, amanhã talvez não.
Um dia, quem sabe, não me deixarei levar pela correria do dia, que me tira de mim e me joga no absoluto silêncio de quem não vê o tempo passar. Volto a ter os sonhos de criança e dores de nascimento que me dizem estar tudo bem, que é um processo chegar na puberdade da vida adulta. Só se aprende caminhando.
Enquanto os hormônios me bulinam o corpo, traço rota de fuga cantante e circense em meu coração de carne. Bailo meus defeitos e coreografo a imagem que construí de mim mesma. Crio meu próprio espetáculo com aquilo que sou e humanamente aceito aquilo que me tornei.
Um dia, quem sabe, não me deixarei levar pela correria do dia, que me tira de mim e me joga no absoluto silêncio de quem não vê o tempo passar. Volto a ter os sonhos de criança e dores de nascimento que me dizem estar tudo bem, que é um processo chegar na puberdade da vida adulta. Só se aprende caminhando.
Enquanto os hormônios me bulinam o corpo, traço rota de fuga cantante e circense em meu coração de carne. Bailo meus defeitos e coreografo a imagem que construí de mim mesma. Crio meu próprio espetáculo com aquilo que sou e humanamente aceito aquilo que me tornei.